quinta-feira, 21 de março de 2013

Preservando o Passado 1

Quem aqui tem mais de 20 anos e não é nostálgico? Bom, creio que é a minoria. A maioria das pessoas que conheço, inclusive eu mesma, são muito nostálgicas. Não sou dessas pessoas que acha que a infância dos dias atuais está perdida ou que na "minha época" era tudo melhor. Eu apenas acho muito importante preservar os tesouros do seu passado, os elementos que construíram sua história. Porque todos temos uma história, independente de sermos famosos ou não, de termos contribuído com o mundo ou não.

Tendo pais muito amáveis e presentes, a minha história sempre foi muito bem conservada. Sou dessas que tem cordão umbilical guardado, mecha de cabelinhos de quando era bebê, todos os dentes de leite, cartões, rabiscos, bilhetes, cartas e até um diário em primeira pessoa feito pela minha mãe quando eu ainda mamava. Meu acervo é enorme, mas neste post do blog eu vou focar nas coisas que me conectam com as pessoas que passaram pela minha vida, e não necessariamente coisas sobre mim isoladamente.

Antes de mais nada, você precisa saber que, se por algum acaso, em algum momento da vida, nós trocamos cartas, bilhetes, desenhos, presentinhos ou qualquer outra coisa, saiba que eu tenho tudo guardado. Mas tudo mesmo. Então, ainda que atualmente eu e você não tenhamos mais contatos ou até mesmo se nós brigamos em algum momento, isso não significa que eu joguei as coisas fora. Porque eu não jogo nada fora. E trabalhar em um estúdio de fotografia apenas agravou a situação, pois fotos são itens preciosos de quem quer preservar uma história, então este tipo de comportamento apenas "piorou" em mim!

Lembrando também que não estou colocando tudo aqui. Apenas fotografei as coisas que mais me tocaram, que trouxeram as melhores lembranças e saudades, portanto não estarei colocando nada que recebi de "desafetos atuais" (apesar de ter tudo guardado).

Desenhos


Em 2001 - 2002, graças ao meu amigo Bruno Bicalho (KimBrasil), eu ingressei no grupo Tomodachi de animes em Belo Horizonte. Eu era uma fã de animes (otaku) que não tinha com quem compartilhar a paixão, até que um dia, na livraria Status (na Savassi), eu estava com o meu pai, que notou um grupo de pessoas olhando alguma coisa relacionada com anime ou cultura japonesa. Sabendo da minha solidão em relação a amigos fãs de anime, meu pai foi lá e puxou conversa com o Bruno, que logo me convidou para participar das reuniões do Tomodachi que aconteciam numa pracinha perto da praça da Liberdade, que se seguia para o Shopping Cidade, todos os domingos. E assim começou uma linda história de amizades e eventos surpreendentes, na qual conheci pessoas maravilhosas e excelentes artistas. Gostávamos muito de desenhar e eu ganhei muitos desenhos amáveis de várias pessoas do grupo.


Eu, por Léo

Seiya, por Léo

Pégasus, por Léo


Sérgio escreveu "Kcaliandra"


Lua, hoje casada com o P-chan :)

Alisson... manja muito


Taz...

Taz...
... e Taz :)
Morpheus (Magno) me fez versão Sailor Moon.
Infelizmente ele nos deixou em  2012.

Não foram apenas os amigos do Tomodachi que me presentearam com seu talento. Em outros momentos da vida eu ganhei outros desenhos também. No FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos) de 2003 eu conheci o pessoal da Revista Quase e pedi que eles fizessem desenhos para mim. Ainda tenho as revistas aqui em casa.


Autor da Revista Quase

Outro autor da Revista Quase
Quando eu morava no bairro Santa Tereza em Belo Horizonte (20 anos da minha vida), eu tinha uma segunda família morando no prédio em frente. A quantidade de bilhetinhos, fotos e recados nas agendas é muito grande, e por isso eu separei um dos que achei mais bonitos.

Minha segunda família

Já em 2002-2004 eu conheci muitas pessoas que viriam a ser meus amigos até hoje. São pessoas que conheci em outros estados, graças ao fato de que tinhamos gostos em comum, principalmente animes.

Hitoritabi :)
Romite propositalmente tremido!

Além disso, em uma época de internet discada, ICQ, zipmail e viagens frequentes para os eventos de anime em São Paulo, eu trocava cartas. Sim, cartas, muitas delas, de muitas pessoas, de várias partes do país. Mas com algumas pessoas eu troquei mais cartas que outras (exemplo é o Romite na foto aí de cima). 

Ju-chan era a alegria da minha caixa
de correios

Telegramas dos padrinhos

E tem aquela parte da história que eu mesma escrevi. Sim, estou falando de diários. E tem as maiores pérolas, coisas que me fazem rir sozinha. Mas algumas coisas resolvi registrar para colocar aqui.

Alguém se lembra desses chicletes? Acho que era
o Ploc :)

Para minha amiga Tâmara 

Neste aniversário...

Por incrível que pareça, essa agenda é
do ano de 1997


Essa postagem é parte de uma série nostálgica que vou fazer. No próximo post, vou fotografar coisas que acredito que algumas pessoas vão se identificar, especialmente fãs de anime. Uma amostrinha do que está por vir:


4 comentários:

  1. Ai que fofo Kazi <3 Eu também sou do tipo que guardo tudoooooooo~ pena que a maioria dessas coisas ainda está em Floripa. Deu vontade de fotografar tudo agora 8D pois guardo os mesmo tipos de coisas que você ;3;

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  2. Nossa, nostalgia me deixa super mal, fico pensando muito no que poderia ter sido e não é, mas de vez em quando é bom né? Quem sabe eu tbm não reviro a minha caixa um dia desses.

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  3. Que nostalgia, estava em casa pensando sobre o passado, em como coisas que costumavam ser nossa vida, coisas que achávamos que nunca ficaríamos sem, de repente, acabam,passam se vão... Isso é um sentimento de envelhecer terrível, guardar essas memórias é reconfortando, apesar.

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  4. eu tb tenho um monte dessas coisas numa caixa aki em casa! <3 hsaushaushauashu

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